É amplamente difundida a ideia de que ter o peso “normal” é garantia de saúde. Porém, muitas pesquisas mostram o contrário: o peso nem sempre indica se a pessoa está saudável. Pessoas magras, por exemplo, que não possuem uma alimentação adequada e não praticam exercícios físicos, podem estar mais suscetíveis a doenças do que aquelas que estão acima do peso, mas possuem hábitos saudáveis.
Tal suposição pode ser resultado da crença de que o Índice de Massa Corporal (IMC) seria plenamente usado para definir a condição de saúde do corpo. O IMC é o valor obtido da divisão do peso pela altura, comumente usado para indicar obesidade ou desnutrição. Contudo, ele não faz um levantamento de aspectos detalhados da saúde como um todo.
Em outras palavras, o IMC, sozinho, não é eficaz como parâmetro de saúde, porque não leva em consideração, por exemplo, a composição corporal. Então, é impossível saber, a partir dele, se a porcentagem da massa calculada é gordura ou músculo, dois elementos que pesam, mas com consequências bem diferentes.
Para se ter uma ideia, estudos realizados na Universidade da Califórnia mostram que, a partir do cruzamento de resultados do IMC com outros fatores de saúde, mais de 30% das pessoas consideradas com peso “normal”, na verdade, não estão saudáveis.
O sedentarismo, como não podia deixar de ser, é o grande causador desse mal entendido.
O sedentarismo das pessoas com peso “normal”
Apesar do sedentarismo ser muito comum entre pessoas obesas, ele também configura um grande problema entre as pessoas com peso “normal” que permanecem sem realizar atividades físicas.
Muitas delas acreditam que a única razão para fazer exercícios é manter ou evitar o ganho de peso. Mas isso, claro, não é verdade. O sedentarismo, na realidade, anula os benefícios de se ter um peso normal.
É possível que o longo tempo sem atividades desencadeie outros impasses à saúde, tais como diabetes, envelhecimento precoce, problemas na coluna e aumento de riscos para o desenvolvimento de outras doenças, como as do trato coronário e respiratório. Em contrapartida, praticar exercícios regularmente previne estes e outros problemas, como o próprio Alzheimer.
A exemplo disso, um estudo publicado no American Journal of Cardiology descobriu que 30% das pessoas sedentárias com peso normal têm o mesmo risco de sofrer um ataque cardíaco ou derrame que pessoas acima do peso. Assim, de nada adianta manter o IMC dentro do limite adequado: é preciso manter os hábitos saudáveis – e isso inclui alimentação e prática de exercícios físicos.
Como se livrar do sedentarismo?
Não pense que o sedentarismo não está te fazendo mal só porque tem um peso “normal”. Lembre-se que os problemas mais graves da falta de exercícios físicos só aparecem no longo prazo – e, principalmente, com o passar da idade e a desaceleração do metabolismo.
Pessoas com peso normal que se exercitam cerca de 150 minutos por semana já obtem bons resultados, tendo 58% menos chances de ter infarto. Esse índice deixa bem clara a necessidade de manter a prática de atividades e, também, a eficiência do desenvolvimento de hábitos saudáveis, como não fumar, evitar bebidas alcoólicas e açúcar.
Assim, a prática de atividades físicas pode ser feita a partir de 10 minutinhos diários, afinal, como visto, não é preciso muito mais para manter os níveis mínimos de saúde.
Mesmo que seu IMC esteja muito bom, atente-se: é preciso se mexer, e você pode encontrar a forma que mais se adequa à sua realidade. Dança, musculação, natação, pilates, bicicleta, caminhada e corrida, entre outras atividades físicas, são apenas alguns exemplos de exercícios muito eficazes para deixar o sedentarismo bem longe.
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