A dor lombar ou lombalgia afeta até 90% da população e é a responsável por um volume alto de queixas nos consultórios. Entre as mais variadas idades, esse também é um dos grandes causadores do afastamento do trabalho.
Mesmo que seja uma questão quase geral, é importante não naturalizar a situação e tratá-la corretamente para evitar prejuízos definitivos à saúde, melhorando a qualidade de vida do paciente. Principalmente, visto que a dor lombar não afeta apenas idosos, mas aos jovens também, que podem ter uma vida inteira de dores devido ao desleixo no tratamento.
Algumas da razões para que o problema atinja em cheio o público mais jovem são provenientes da postura incorreta ao sentar, durante horas frente ao computador, seja na jornada de trabalho ou em momentos de diversão com vídeo games, por exemplo.
Muitos estudos já revelaram que a prática de atividades físicas com certa regularidade, alimentação saudável, correção da postura ao sentar-se e a manutenção de hábitos saudáveis podem funcionar preventivamente contra o surgimento do inconveniente.
Afinal, o que caracteriza a dor lombar?
A lombalgia é a soma das dores na região mais baixa da coluna vertebral, bem perto da pelve ou bacia, como é popularmente conhecida. Não se trata de uma doença, mas de um sintoma, um sinal de que algo não está correto em seu corpo.
Existem dois tipos de dores na lombar e podemos classificá-las como aguda ou crônica. Na primeira, a dor é mais intensa e costuma aparecer após um esforço físico do qual não estamos acostumados. Em pouco tempo, ela desaparece, mesmo sem o auxílio de remédios. Em outros casos, a partir de um mau jeito, a dor pode durar até 6 semanas, devido a rigidez causada nos músculos daquele local.
Diferentemente da dor aguda, o incômodo crônico exige tratamento por médico especializado para alívio. Mesmo de modo mais leve, a dor dura por mais tempo, podendo ser, inclusive, por toda a vida.
Comumente, esse mal atinge pessoas acima dos 50 anos, mas isso não isenta os mais jovens de enfrentarem o problema. Nesse caso, a situação pode indicar algo mais sério na coluna vertebral, merecendo atenção especial.
As queixas sobre dores crônicas na lombar costumam aparecer pela manhã, em forma de travamento na coluna e certas limitações para movimentar-se.
Entretanto, aguda ou crônica, os sintomas podem variar de pessoa a pessoa, principalmente em resposta ao estilo de vida do paciente.
Em caso de persistência do incômodo por mais de 3 semanas, o quadro pode ser considerado crônico. Assim, o tratamento médico ocorrerá com foco nas especificidades de um reumatologista, neurocirurgião ou ortopedista. Lembre-se de que procurar ajuda médica nos primeiros dias de sintomas é fundamental para a busca da melhora.
Como evitar a dor lombar
A dor lombar não precisa ser sempre associada à problemas graves na coluna. Aliás, a associação entre ambos é relativamente rara. O causador mais comum desse tipo de dor, na verdade, é o envelhecimento, justamente por isso a classificação crônica é mais comum entre pessoas de idade mais avançada.
Ainda assim, algumas atitudes podem evitar o desencadeamento da lombalgia. Fique atento à postura ao sentar, deitar ou na prática de atividades físicas. Esforços repetitivos também causam os incômodos da dor lombar, como permanecer na mesma posição por muito tempo.
Para quem já foi diagnosticado com o problema, manter atitudes como essa podem agravá-lo e atrasar a recuperação do paciente. Durante o tratamento, para uma melhora significativa na qualidade de vida, outras medidas podem ser adotadas:
- Mantenha o cuidado constante com a postura durante o desenvolvimento das atividades comuns;
- Evite ficar longos períodos de pé ou sentado;
- Mantenha um peso equilibrado e evite a obesidade;
- Tente não dobrar a coluna ao abaixar-se, apenas os joelhos;
- Evite usar salto alto;
- Crie o hábito da prática de exercícios, que fortalecem a musculatura da região;
- Evite colchões muito duros ou muito moles;
- Consuma níveis adequados de cálcio;
- A cada 50 minutos de trabalho, faça pausas para alongar a coluna;
- Mantenha-se hidratado;
- Evite o tabagismo;
Para relaxar a musculatura, faça alongamentos para diminuir as chances de atrofiamento ou rigidez, causando ainda mais incômodos pela lombalgia. A prática de exercícios também é grande aliada nesse processo, por tanto, não deixe de praticá-los. Converse com o seu profissional de Educação Física para adaptar as atividades do treino para beneficiar o tratamento.
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